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segunda-feira, 15 de março de 2010

Diga não ao Ato Médico...



Você que está estudando para se formar um profissinal de saúde, que já está exercendo e se realizando profissionalmente em sua área (nutrição, enfermagem, fisioterapia, psicologia, etc), ou que tem na família alguém em algum desses casos, sabe o quanto é difícil para uma pessoa conquistar seus sonhos, dedicar-se ao próximo (paciente), colher frutos do próprio trabalho...


Pois então:

Você sabia que existe um Projeto de Lei tramitando no Senado Brasileiro que, acreditem, reduzirá 13 profissões da área da saúde a "secretárias" do médico?! Isso mesmo. Trata-se do Projeto de Lei, batizado de "ato médico", sob nº: 7.306/06, originado do ex-senador Geraldo Althoff, PFL-SC, médico, é uma declaração de arrogância e prepotência com os demais profissionais do setor.

Basta dizer que o texto do Projeto estabelece que o acesso a qualquer serviço de saúde precisa de autorização do médico.
Por exemplo: "caso o paciente tenha uma determinada dieta prescrita somente o médico poderá alterá-la, e a nutricionista será mera executora da vontade do médico.
Se por acaso for prescrita a punção de uma veia em determinado membro e não houver condições físicas no determinado local, o enfermeiro não poderá optar por outro acesso mais viável, pois estará praticando exercício ilegal da profissão. Mesmo no caso de ser uma medicação para atenuar a dor, caso muito comum em Prontos-Socorros. Outro exemplo é o caso da população da periferia, onde muitas vezes não há médicos suficientes. Essa população ficará sem qualquer tipo de atendimento inicial, pois qualquer procedimento necessitará de prescrição médica.
Quantas consultas serão necessárias para que se consiga uma fisioterapia? Primeiro o paciente passará pelo médico para prescrever, depois ele passará em consulta com o fisioterapeuta, depois retornará ao médico caso haja necessidade de alteração de tratamento, enfim o cidadão passará mais tempo tentado marcar consultas invés de propriamente se tratar." (Solange Caetano - presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo (SEESP)
O farmacêutico é o profissional da saúde mais disponível. O cidadão que vai a uma farmácia, buscando um aconselhamento sobre um medicamento ou uma doença, não precisa agendar a sua visita. É chegar e terá atendimento imediato. Por isso, o farmacêutico consegue atuar com incrível agilidade na atenção primária e prevenção. Assim, ele é um aliado poderoso da sociedade e do próprio médico a quem ele encaminha o paciente para o diagnóstico e para o tratamento efetivo (aí, sim, um ato médico).

Veja a reportagem que diz que no Estado de São Paulo, um dos mais ricos da União, 148 cidades não têm atendimento médico, quem precisa de atendimento tem que ir à cidade vizinha para ser atendido!!!
Informe-se, tome uma posição, faça o que puder para evitar esse retrocesso, que trará prejuízos enormes à saúde da população, essa sim, merecedora de estar no ponto mais alto da "hierarquia que querem criar".

Abaixo links para informação:

Ato médico/Farmacêuticos (ABMC)

Artigo de Jaldo de S. Santos, presidente do CFF, vale a pena ler. Se for farmacêutico, principalmente!

Abraço a todos os meus colegas farmacêuticos e aos amigos das demais profissões de saúde, vamos nos unir, não contra nossos colegas médicos, mas a favor do usuário, do nosso paciente, de uma melhor saúde pública em nosso país! Porque, como diz meu estimado avô Lauro, mestre de grandes embarcações: "estamos todos no mesmo barco, cabe a nós concentrar nossos esforços em nosso objetivo."

Posicionamento do CRF-SP em 27/06/2013

Um comentário:

  1. Em 27 de junho de 2013, o CRF-SP se posiciona quanto a este assunto, veja a publicação:

    http://portal.crfsp.org.br/noticias/4400-ato-medico.html?utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Boletim+Informativo+03%2F07%2F2013

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